segunda-feira, junho 09, 2025

O meu saldo da Feira



Aproveitando a noite fresca, fui hoje à Feira do Livro. Estava esplendorosa, apinhada, com filas imensas de gente a aproveitar uma espécie de "happy hour" que parecia haver por lá.

A acreditar nas pessoas que compravam livros, imensa gente jovem, o futuro da edição está garantido. E isso é muito boa notícia.

Olhando os preços dos clássicos, tenho a sensação de que, com escassas centenas de euros, ficaria garantida a cultura literária básica de quem quer que seja. Só não lê o essencial da literatura portuguesa e universal quem não quiser. Não é pelo preço dos livros.

Quanto ao resto, quanto ao monte de escribas de auto-ajuda e ofícios correlativos que enche de papel aquelas casotas, isso é outra história. Quem quiser ler ou comprar o que anda na moda tem de pagar o preço que faz viver essa gente. É a lei do mercado, a lei das feiras.

Ontem, só gastei cinco euros na Feira. Foi o parco saldo da minha visita. Mas eu não sou exemplo: compro muitos livros durante o ano. Adquiri apenas estas cartas, que me pareceram interessantes. Ainda tenciono regressar à Feira, embora mais aos alfarrabistas do que ao resto.

Visitem a Feira do Livro. Os livros e quem os edita merecem-no.

5 comentários:

ematejoca disse...

Esse evento, que há anos enriquece o cenário cultural da cidade de Lisboa, oferece um espaço privilegiado para a divulgação de obras literárias. Nesse percurso, editoras, livrarias e antiquários confrontam-se com um público selecto e apreciador — como prova a compra de “Lettres choisies" de Marquis de Sade é uma coleção de cartas que revela as suas ideias, pensamentos e experiências pessoais, refletindo sua visão controversa sobre a liberdade, a moral e a natureza humana. — consolidando-se como uma celebração da literatura e da arte num ambiente de grande sofisticação e tradição.

ematejoca disse...

O meu português é assim tão desumano?
Tenho o livro do Marquês de Sade numa outra edição.

Francisco Seixas da Costa disse...

Eu tinha eliminado o meu comentário. Desculpe.

ematejoca disse...

Não me zanguei, até achei graça, por isso não é necessário pedir desculpas.
Continuo leitora fiel, evitando comentar.

Anónimo disse...

Eu visito livrarias com frequência. A Feira, nunca.

Internacional

Nos últimos tempos, tenho-me mantido afastado do comentário televisivo sobre temas internacionais, não obstante amáveis e reiterados convite...